Segundo Weinstein (Weinstein), a transmissão de dados de RFID ocorre através da entrada do produto com a etiqueta inteligente, na área de cobertura do leitor que emite constantemente suas ondas. Após a leitura da etiqueta, o leitor transmite um sinal eletromagnético que é recebido pela antena da etiqueta que transmite ao leitor as informações armazenadas através de um sinal modulado.
Os elementos básicos de hardware um sistema de RFID contemplam:
Existem dois métodos para realizar esta comunicação e modular o sinal de identificação, que são: baixa freqüência (menos de 100 Mhz) ou alta freqüência (superior a 100 Mhz).
A figura demonstra o funcionamento da identificação por rádio freqüência através de um campo magnético entre antenas e uma resposta ao estimulo do campo magnético, conforme Roussos (Roussos).
Operação do RFID: A antena provê a energia para a etiqueta transmitir o número de identificação armazenado.
A etiqueta ativa, que tem tamanho maior e durabilidade menor que a etiqueta passiva, requer uma bateria e emite um campo de rádio frequência, que aumenta seu alcance podendo chegar até 100 metros.
A etiqueta passiva utiliza como fonte de energia o campo eletromagnético gerado por uma antena que emite os impulsos ao invés da bateria utilizada na etiqueta ativa, e seu poder de alcance menor chega no máximo a 6 metros de distância, porém sua durabilidade não se limita ao fim da bateria, visto que sua fonte de energia provém do campo eletromagnético.
Toda etiqueta inteligente sendo ela ativa ou passiva, possui um número de série único de maneira que nunca se repita, conhecido como EPC (Electronic Product Code) que é definido por padrão do MIT (Massachussets Institute of Technology), a EAN (European Article Number), e o UCC (Uniform Commercial Code) conforme afirma Roussos .
Algumas etiquetas possuem ainda uma memória conhecidas como “Read/Write Tags” (etiqueta de escrita e leitura) capaz de armazenar diversos dados sobre o produto, além do código EPC e podem atualizar continuamente as informações em sua memória mantendo um registro atualizado do processo.
Enquanto algumas funções são executadas pelos controladores de RFID, as informações existentes na memória das etiquetas podem ser acessadas pelo computador, para funções de gerenciamento global.
A tecnologia RFID com uso de etiquetas inteligentes é utilizada, por exemplo, no sistema de bagagens do aeroporto de Londres, onde cada bagagem recebe uma etiqueta com dados sobre o passageiro a que a bagagem pertence e o vôo.
O caminho das bagagens é gravado em um banco de dados e ao longo das esteiras no aeroporto, leitores estão posicionados para verificar se as malas estão no caminho e no tempo certo para chegar ao seu destino.
Caso aconteça qualquer problema, como extravio da bagagem, é possível ter os registros do caminho percorrido e rastrear a bagagem em tempo real.
Nos Estados Unidos, uma grande rede de postos de combustíveis, desenvolveu um sistema chamado de “speedpass”, onde um chip eletrônico de rádio frequência é colocado junto à chave do carro e para abastecer o cliente deve aproximar seu chip ao leitor da bomba que irá calcular os gastos do cliente e associá-lo a um código no banco de dados que a inteligente, ou debita a compra direto do cartão do cliente cadastrado.
ROUSSOS, George, Enabling RFID in retail, IEEE Computer Society and Birkbeck College WEINSTEIN, Ron, RFID a technical Overview and its application to the Enterprise